USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICOS ENTRE MULHERES DE 20 A 40 ANOS DE MORADA NOVA DE MINAS-MG: CONTRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

  • Joice Gonçalves Aparecido FACULDADE CIENCIAS DA VIDA
  • Liliane Cunha Campos da Mata FACULDADE CIENCIAS DA VIDA

Resumo

Os ansiolíticos mais consumidos no Brasil são os benzodiazepínicos (BDZs). O objetivo do estudo é apresentar possíveis contribuições do profissional farmacêutico no uso racional desses medicamentos tendo como foco a segurança, eficácia e qualidade do tratamento. Aplicou-se um questionário composto por 11 questões de múltipla escolha sobre o uso de BDZs a 40 participantes, sendo mulheres de 20 a 40 anos, consumidoras desses medicamentos, residentes e domiciliadas no município de Morada Nova de Minas/Minas Gerais. A análise dos dados obtidos foram compilados e organizados por meio do software Microsofit Excell 2007®, através de ferramentas estatísticas e descritivas. O clonazepam é o BDZ mais prescrito (65%) entre as entrevistadas e 26 das 40 participantes afirmam que os administram por períodos superiores à 1 ano demonstrando o desenvolvimento de dependência. Porcentagem elevada de participantes (27,5%) declararam adquiri-los sem receituário médico. As maiores dispensações (87,5%) foram realizadas por atendentes de balcão e apenas 12,5% foram por farmacêuticos. Apenas 16 entrevistadas afirmam ter recebido algum tipo de orientação sobre esses medicamentos. A indicação do uso de BDZs é complexa, tendo em vista premissa de possíveis malefícios que o uso prolongado provoca. Mas, com o objetivo de aumentar o uso racional, são necessárias prescrições seguras e dispensações orientadas por profissionais farmacêuticos, a fim de tornar a terapêutica segura e eficaz no reestabelecimento da saúde.

Biografia do Autor

Joice Gonçalves Aparecido, FACULDADE CIENCIAS DA VIDA
Graduanda em Farmácia
Liliane Cunha Campos da Mata, FACULDADE CIENCIAS DA VIDA
Graduação em Farmácia – Universidade Federal de Alfenas (UNIFENAS), Mestre em Patologia, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Doutora em Patologia, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Publicado
2017-07-11