AUTOMEDICAÇÃO ENTRE UNIVERSITÃRIOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NA ÃREA DA SAÚDE NA FCV-SETE LAGOAS: INFLUÊNCIA DO CONHECIMENTO ACADÊMICO
Resumo
A automedicação consiste no consumo de medicamentos sem prescrição médica, com a finalidade de aliviar sintomas ou tratar doenças. No Brasil essa prática é feita por inúmeras pessoas e como o uso de medicamentos sem prescrição e orientação médica pode trazer riscos para a saúde, bem como reações adversas, intoxicações e interações medicamentosas, a automedicação se torna um problema de saúde que merece atenção. Apesar de ser comum, um dos fatores que contribuem para a automedicação é o nÃvel de informação dos indivÃduos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a frequência da automedicação e o perfil de utilização de medicamentos sem prescrição pelos acadêmicos da Faculdade Ciências da Vida. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo através de questionário estruturado aplicado em uma amostra de 36 estudantes dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Nutrição e Psicologia. Dos 36 acadêmicos investigados, a maioria (55,56%) era do sexo feminino, com idade variando entre 18 a 40 anos, cuja faixa etária predominando foi 20 a 30 anos (72,22%). No total os acadêmicos consumiram 56 medicamentos de 5 classes medicamentosas diferentes. A prevalência da automedicação foi de 36,11%, sendo que as classes medicamentosas mais utilizadas sem prescrição foram os anti-inflamatórios (11 – 57,89%) e analgésicos (6 – 31,58%). A orientação para automedicação foi realizada em maior parte (76,92%) pelo próprio indivÃduo, seguida dos médicos e enfermeiros (27,08%) e farmacêuticos (27,08%). A maioria dos estudantes que praticava automedicação (61,54%) compra os medicamentos quando necessário, e 46,15% informou que não possuÃa conhecimento adequado para a automedicação. Levando em conta as limitações deste trabalho, esses resultados indicam a necessidade de novos estudos, pois a prevalência da automedicação foi mais baixa e mais praticada entre os homens, o que está distante da maioria dos estudos na área. Palavras-chave: automedicação; universitários; uso de medicamentos; reações adversas.Referências
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