SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO

  • Edna Vieira Gonçalves FACULDADE CIÊNCIAS DA VIDA
  • Mariana Verdolin Guilherme Froeseler

Resumo

A síndrome de Burnout é desencadeada a partir de um estresse excessivo no ambiente de trabalho. Nesse sentido, diversos estudos têm mostrado que os professores são grandes alvos para o seu desenvolvimento, visto que, a docência é permeada por diversos fatores estressantes que afetam diretamente a saúde desses profissionais. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo verificar a incidência de sintomas relacionados à Síndrome de Burnout em professores da rede pública de ensino. Ela foi realizada entre os meses de fevereiro a novembro de 2016, em quatro escolas da cidade de Curvelo (MG), contando com uma amostra de 45 professores. Foram utilizados um questionário estruturado afim de coletar dados pessoais, sóciodemográficos e ocupacionais, e a versão adaptada para o Brasil do “Cuestionario para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el Trabajo” (CESQT), que avalia sintomas de Burnout em quatro dimensões: ilusão pelo trabalho, desgaste psíquico, indolência e culpa. O estudo tinha como hipótese inicial a possibilidade de encontrar professores acometidos pela síndrome, que foi confirmada a partir da avaliação. Contudo, verificou-se que a maioria dos professores não apresenta sintomas clínicos de Burnout (n=33; χ²=9,8; p<0,05). Também foi verificado que professores do sexo masculino (χ²=5,6; df=1;p<0,05) e professores que trabalham três turnos diários (χ²=6,7; df=2; p<0,05) apresentam sintomas clínicos de Burnout com mais frequência do que os demais (n=33). Dessa maneira, pretende-se com o estudo contribuir com a sociedade acadêmica, e incitar novas pesquisas em outras regiões do contexto brasileiro, visando uma prevenção para a saúde do professor.
Publicado
2017-07-17