A FREQUÊNCIA E O RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO POR IDOSOS DO MUNICÃPIO DE CURVELO/MG
Resumo
Considerando os avanços tecnológicos, pesquisas na área da saúde e alcance da publicidade nos dias atuais, o presente trabalho teve como objetivo geral verificar a frequência da compra de medicamentos por idosos clientes da rede de farmácias “Natura†da cidade de Curvelo/MG. A pesquisa justificou-se principalmente pela intenção de quantificar os nÃveis de consumo e tipos de medicamentos consumidos por idosos, principalmente aqueles que se apresentam em maior destaque na mÃdia. Para a elaboração do presente trabalho foram realizadas duas pesquisas: uma bibliográfica, de natureza descritiva, qualitativa, com análise de conteúdo; e outra pesquisa de campo, de natureza empÃrica, quantitativa. A coleta de dados se deu através do programa Multwin instalado nas drogarias, com preenchimento do formulário pelos proprietários. A amostra foi composta pela análise de 50 históricos de clientes da rede de farmácias “Naturaâ€, com média de 72,42 anos. Os dados foram tabulados e analisados com auxÃlio do programa Microsoft Excel (versão 2013). Os históricos possibilitaram a identificação de diferenças gerais entre sexos, onde há a prevalência de um maior número de compras de medicamentos pelo grupo feminino, enquanto o grupo masculino apresentou baixos nÃveis de consumo nesse quesito. De modo geral, a população pesquisada apresenta altos nÃveis de compra de medicamentos, em especial analgésicos, devido à facilidade de acesso a tais fármacos.Referências
ALEXANDRI, A M de; FOPPA, A A; WELTER, A C; CAMPOS, C M T; CUNHA, H P; SCHERER, M L S; ZANNIN, M. Propaganda de medicamentos: um desafio para todas as profissões. Rev. Bras. Farm, 92(2), 66-70. 2011.
ANVISA. O que é automedicação?. Acesso em 20/11/2016.
BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Zahar, 2008.
FARIAS, P R O. Estudo da autoestima e autoimagem de idosos institucionalizados e não institucionalizados. [monografia]. Campina Grande: Universidade Estadual da ParaÃba, 2009.
FECHINE, B R A; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. InterSciencePlace, v. 1, n. 20, 2015.
FERNANDES, W S; CEMBRANELLI, J C. Automedicação E O Uso Irracional De Medicamentos: O Papel Do Profissional Farmacêutico No Combate A Essas Práticas. Revista Univap, v. 21, n. 37, p. 5-12, 2015.
FOPPA, A A et al. Promovendo O Uso Racional De Medicamentos Na Farmácia Escola UFSC/PMF http://dx. doi. org/10.5892/ruvrv. 2011.93. 1923. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 9, n. 3, p. 19-23, 2012.
FURTADO, M A. O lugar do sofrimento na cultura contemporânea: patologização do mal estar e medicalização da vida. 2014.
GONÇALVES, E et al. Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica de Dispensa Exclusiva em Farmácia em Portugal. Revista Portuguesa de Farmacoterapia, v. 8, n. 2, p. 39-50, 2016.
IBGE. SÃntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira: 2010, p. 191.
KILSZTAJN, S; ROSSBACH, A; Da CÂMARA, M B; DO CARMO, M S N. Serviços de saúde, gastos e envelhecimento da população brasileira. Revista brasileira de estudos de população, 20(1), 93-108. 2013.
LUZ, D; LIMA, J; MONTEIRO, L. Automedicação no Idoso. 2013.
MEDEIROS, E F F et al. Intervenção interdisciplinar enquanto estratégia para o uso racional de medicamentos em idosos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 7, 3139-3149, 2011.
MONTEIRO, S C M; DE AZEVEDO, L S; BELFORT, I K P. Automedicação Em Idosos De Um Programa Saúde Da FamÃlia, BRASIL. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 26, n. 2, p. 90-95, 2014.
OLIVEIRA, E K de S; SILVA, J P da. Sentido de vida e envelhecimento: relação entre os pilares da logoterapia e bem-estar psicológico. In: Logos e Existência - Revista da Associação Brasileirade Logoterapia e Análise Existencial, 2 (2),135-146, 2013.
OLIVEIRA, M A de et al. Automedicação em idosos residentes em Campinas, São Paulo, Brasil: prevalência e fatores associados. Cad. saúde pública, v. 28, n. 2, p. 335-345, 2012.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Assembléia Mundial sobre envelhecimento: Resolução 39/125. Viena: ONU; 1982.
PINA, H; CALAZANS, J; GOMES, J P; CAVALCANTI, M; SOUZA, P; ALVES, R; FREITAS, R. Publicidade de medicamentos e o incentivo à automedicação. UNICAP–Universidade Católica de Pernambuco, Recife–PE. 2012.
RANG, H P et al. Farmacologia: O que é farmacologia? 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011, 778p.
REICHERT, F F. Tipos de estudos epidemiológicos. 2007.
SANTELLO, F H et al. Perfil da automedicação em idosos no MunicÃpio de Barretos/São Paulo/Brasil. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 25, n. 1, p. 32-36, 2013.
SANTOS, T R A; LIMA, D M; NAKATANI, A Y K; PEREIRA, L V; LEAL, G S; AMARAL, R G. Consumo de medicamentos por idosos, Goiânia, Brasil. Revista de Saúde Pública, 47(1), 94-103. 2013.
SILVA, A B B. Mentes consumistas: do consumismo à compulsão por compras. Globo Livros, 2014.
SMELTZER, S C; BARE, B G; HINKLE, J C; CHEEVER, K H. Brunner e Suddart: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2011.
TELLES FILHO, P C P; ALMEIDA, A G P; PINHEIRO, M L P. Automedicação em idosos: um problema de saúde pública. Revista Enfermagem UERJ, v. 21, n. 2, p. 197-201, 2013.
UNIDADES DE SAÚDES DA FAMÃLIA. Perfil Da Automedicação Entre Idosos Usuários Das Unidades De Saúdes Da FamÃlia Do MunicÃpio De Cuité-PB. III Congresso Internacional de Envelhecimento Humano. 2013.
