O ABORTAMENTO NA ADOLESCÊNCIA VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL

  • Lorenna Fátima Silva Faculdade Ciências da Vida
  • Laura Andrade Freire Faculdade Ciências da Vida/ Docente

Resumo

O abuso sexual pode ser definido como qualquer ação de interesse sexual, desde carícias, manipulação dos órgãos sexuais, até o ato sexual em si, com ou sem penetração, praticado por um adulto sobre uma criança ou adolescente sem o consentimento desta. Em muitos casos, uma das consequências do abuso é a gravidez. O abortamento, nestes casos é previsto pela lei artigo 128 do Código Penal Brasileiro. Neste sentido, esse artigo pretendeu analisar os efeitos psicossociais em adolescente que realizaram o aborto em decorrência do abuso. Além disso, buscou-se descrever a importância da prevenção dos problemas psicológicos decorrentes do abuso sexual e do abortamento; além de compreender e refletir sobre a fundamentação legal que aprova o abortamento em casos de abuso sexual e estupros; e desse modo analisar a relevância do acolhimento psicológico a pacientes vítimas de abortamento. Como proposta metodológica tomou-se a pesquisa de cunho qualitativo na construção da revisão bibliográfica. O relato de experiência utilizado foi retirado do documentário “O aborto dos outros” que apresenta a vivencia de uma jovem de 13 anos que realizou legalmente um abortamento em um hospital público de São Paulo após ser abusado no caminho para a escola. Após o abuso sexual a vítima vive uma situação traumática, marcada por conflitos que geram sentimentos conflituosos, como o medo, raiva, prazer e culpa. Os efeitos físicos do abuso são: gravidez, doenças sexualmente transmissíveis e trauma físico. A abrangência do fenômeno abuso sexual/ gravidez e aborto na adolescência trazem consequências psicossociais e familiares que precisam ser analisados e discutidos no campo acadêmico bem como no atendimento e acolhimento das vítimas na busca de minimizar os danos à saúde física, mental e reprodutiva, como também na esfera familiar e social.
Publicado
2017-12-15