TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA DE MILHO COM O GENE AtDREB2A

  • Paloma Alessandra ALVES Faculdade Ciências da Vida, FCV, Sete Lagoas - MG
  • Raquel Oliveira MOREIRA UNIFEMM, Sete Lagoas, MG.
  • Alexandre NEPOMUCENO Embrapa Soja, CNPSO, Londrina, PR
  • Beatriz BARROS Embrapa Milho e Sorgo, CNPMS, Sete Lagoas, MG
  • Meire ALVES Embrapa Milho e Sorgo, CNPMS, Sete Lagoas, MG

Resumo

O milho (Zea mays ssp. Mays L.) é um produto de grande importância econômica e social. Atualmente, é considerada a terceira cultura mais importante do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo como seu valor econômico. Esta cultura é afetada por vários fatores bióticos e abióticos. Estima-se que pelo menos 20% dos campos de milho no Brasil são afetados pela seca, o que corresponde a cerca de 4 milhões de toneladas de perdas de grãos. Em resposta ao estresse hídrico, as plantas apresentam alterações fisiológicas que podem estar envolvidas nos mecanismos de tolerância ou adaptação. A busca por mecanismos que as tornam mais tolerante à seca e, consequentemente, aumentar a produção de grãos em áreas com restrição de água é a importância fundamental. Uma alternativa que tem sido adotada pela biotecnologia é o uso dos organismos geneticamente modificados. Durante toda a transferência de genes de tolerância à seca selecionados e expressos sob condições de estresse hídrico, linhagens de milho mais tolerantes podem ser obtidas. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o laboratório de estresse abiótico JIRCAS (Japan International Research Center for Agriculture Science), desenvolveu um projeto para a criação de construções genéticas com o gene DREB2A buscando tolerância à seca. O gene codifica uma proteína DREB que é expresso em resposta à desidratação celular, uma defesa das plantas contra os danos causados pela perda de água. Para determinar o efeito da sua expressão em milho, o gene DREB2A foi isolado a partir de Arabidopsis thaliana, clonado num vetor binário, sob o controle do promotor Ubiquitina e usado para transformar o genótipo de milho HiII por Agrobacterium tumenfaciens. As plantas de milho transgênico foram caracterizadas por níveis de clorofila (SPAD-502-PLUS), fluorescência da clorofila (PEA - Hansatech Instruments, Lynn do rei), condutância estomática (Porometro LI-1600), peso de espigas (sem grãos), número e peso seco de grãos. Os resultados de dois experimentos de casa de vegetação independentes demonstraram que alguns eventos de milho da linhagem transformada com o gene AtDREB2A mostraram melhor comportamento fisiológico e melhor produção do que a planta não transgênica sob as condições em casa de vegetação. Cada evento teve duas plantas por vaso e três vasos por tratamento. As plantas foram cruzadas com uma linhagem de milho elite para corrigir o gene em homozigose.  

Biografia do Autor

Paloma Alessandra ALVES, Faculdade Ciências da Vida, FCV, Sete Lagoas - MG
Graduanda em Biotecnologia - FCV;Bolsista de Iniciação Científica - Embrapa Milho e Sorgo - Sete Lagoas - MG

Referências

DUARTE, J. de O.; CRUZ, J. C.; GARCIA, J. C.; MATTOSO, M. J. Economia da produção. In: CRUZ, J. C. (Ed.). Cultivo do milho. 4. ed. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2008. (Embrapa Milho e Sorgo. Sistema de producao,2).

SANTOS, R. F.; CARLESSO, R. Déficit hídrico e os processos morfológico e

fisiológico das plantas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 2, n. 3, p. 287-294, 1998.

Publicado
2015-09-21