ENTRE O FIM E O RECOMEÇO: SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO FENÔMENO VIVIDO NA INTERNAÇÃO EM UNIDADE TERAPIA INTENSIVA ADULTO

  • Geisilane Rodrigues de Oliveira Faculdade Ciências da Vida
  • Flávia Carvalho Barbosa

Resumo

A hospitalização, geralmente, é um momento de desestabilização psicológica para o paciente. Esta última, é intensificada frente a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A UTI é um setor com características muito específicas que podem trazer repercussões particulares, tanto para o paciente, quanto para a família. Sendo assim, a presente pesquisa é norteada pelos sentidos atribuídos por pacientes e familiares quando da internação no setor. Seu principal objetivo é discorrer sobre os significados que estes conferem a experiência em questão. A coleta de dados foi efetivada no Hospital Nossa Senhora das Graças em Sete Lagoas- MG. Foram entrevistados 12 participantes, dentre estes pacientes e familiares, entre o período de 20 a 30 de Outubro de 2017. Posteriormente, os dados foram analisados por intermédio do método Fenomenológico. Evidenciou-se que os sentidos atribuídos a internação em UTI giram em torno do paradoxo vida e morte. A maior parte dos participantes associava o setor à morte enquanto uma certeza imediata. Entretanto, após a experiência supracitada houveram ressignificações. A existência e os modos de existir foram colocados em reflexão; a circunstância foi vista como uma oportunidade de recomeçar. Além disso, a espiritualidade apareceu como um instrumento de enfrentamento subjetivo da situação. Sentimentos de impotência, medo e angústia se fizeram prevalentes. A satisfação com a assistência da equipe e a necessidade de flexibilidade as regras e padrões de funcionamento do setor também se fizeram presentes. Diante desta realidade, denota-se a necessidade do psicólogo inserido na equipe multidisciplinar, auxiliando para uma assistência mais humanizada.
Publicado
2018-03-21