O CONCEITO DE PERVERSÃO PARA A PSICANÃLISE FREUDIANA
Resumo
O valor moral atribuÃdo ao conceito de Perversão pode ser entendido por meio da tentativa das normas sociais em circunscrever as manifestações da sexualidade dentro do que é concebido como padrão de normalidade. Por isso, tudo aquilo que se apresenta de maneira contrária é visto como desviante, incorreto, maléfico e perverso. Em sua teoria, Freud discorre que a Perversão não se trata de bestialidade humana ou de uma patologia, ao apresentar a ideia de que não há normas no campo da sexualidade, (mas apenas sociais) (VALAS, 1990). Dessa maneira, o presente trabalho objetivou apresentar a definição de Perversão para a teoria psicanalÃtica, por meio de um recorte epistemológico da obra freudiana. Utilizando como método a Análise de Discurso foi realizada Revisão Bibliográfica, o que permitiu apreender sob quais condições históricas se deu a teorização do termo. Além disso, por meio das obras de Arendt (1999) e Roudinesco (2008) foi possÃvel verificar que a Perversão se apresenta desde os primórdios da condição humana, e que por isso nos é tão próxima.Referências
ARENDT, H. Eichmann em Jerusalém. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
FREUD, S. Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade. In: Um Caso de Histeria, Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade e outros trabalhos. Edição Standart das Obras Completas de Freud, v. VII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
KAUARK, F; MANHÃES F C; MEDEIROS, C H. Metodologia de pesquisa: guia prático. Itabuna: Via Litterarum, 2010.
ROUDINESCO, E. A parte obscura de nós mesmos: uma história dos perversos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
VALAS, P. Freud e a Perversão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
Publicado
2016-03-28
Seção
ARTIGOS INÉDITOS