A RELAÇÃO QUE OS LIXEIROS E CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS ESTABELECEM COM O TRABALHO, ABORDADA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PSICOSSOCIAL

  • Alexandre Gouvêa LADEIRA Faculdade Ciências da Vida
  • Polliana FREIRE Faculdade Ciências da Vida

Resumo

O presente trabalho propõe uma análise da relação laboral vivenciada pelos sujeitos que lidam com o lixo, por meio da concepção dos aspectos psicossociais envolvidos na relação de trabalho dos lixeiros e catadores de materiais recicláveis, no município de Paraopeba, MG. Temas como este são de grande importância para o campo da Psicologia, uma vez que busca considerar a subjetividade enquanto fator de relevância para a cultura e para a sociedade, além de buscar a compreensão do nexo causal entre trabalho e saúde psíquica. Este estudo caracteriza-se por sua natureza qualitativa, no qual foi realizada uma pesquisa através de entrevista semi-estruturada. A Psicologia busca o seu espaço de trabalho na relação ocupacional dos lixeiros e catadores ao propor a visibilidade dos sujeitos que são tratados como dejetos pela sociedade moderna e capitalista.  

Biografia do Autor

Alexandre Gouvêa LADEIRA, Faculdade Ciências da Vida
Doutor em Sociologia; Professor do Curso de Psicologia da Faculdade Ciências da Vida, Sete Lagoas-MG 
Polliana FREIRE, Faculdade Ciências da Vida
Graduanda de Psicologia da Faculdade Ciências da Vida, Sete Lagoas-MG;

Referências

ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 2. ed. São Paulo: Biotempo Editorial, 2009.

BARDIN, L. Análise do Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.

BAUDRILLARD, J. Teoria do Consumo. In: A sociedade de consumo. 2. ed. Lisboa: Edições 70, 2007.

BERGER, P.L. Perspectivas Sociológicas: Uma visão humanística. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

BORDAS, L. Grande dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de Outubro de 1988. Dos princípios fundamentais, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

______. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de Dezembro de 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em: 28 Ago. 2015.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Das associações, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm. Acesso em: 20 Set. 2015.

CAREGNATO, R.C.A; MUTTI, R. Pesquisa qualitativa: Análise de Discurso versus Análise de Conteúdo. Texto Contexto Enferm., v. 15, n. 4, p. 679-684, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n4/v15n4a17f. Acesso em: 04 Jun. 2015.

CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES - CBO. Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/tabua/ResultadoConversaoFamilia.jsf. Acesso em: 21 Mar. 2015.

CARVALHO, V. Interacionismo simbólico: origens, pressupostos e contribuições aos estudos organizacionais. Florianópolis, 2010. Disponível em: http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnEO/eneo_2010/2010_ENEO113.pdf. Acesso em: 20 Mar. 2015.

DEJOURS, C. A Loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez- Oboré, 1992.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2013.

FAGUNDES, M. M.; ZANELLA, M.; TORRES, T.L. Cidadão em foco: representações sociais, atitudes e comportamentos de cidadania. Psicologia: teoria e prática, v. 14, n. 1, p. 55-69, 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v14n1/v14n1a05.pdf. Acesso em: 15 Mar. 2015.

FEIJOO, A.M.L.C. A crise da subjetividade e o desapontar das Psicologias Fenomenológicas. Psicologia em estudo. Maringá, v. 16, n. 3, p. 409-417, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v16n3/v16n3a08. Acesso em: 07 Set. 2015

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2010.

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GUARESCHI, P. Pressupostos psicossociais da exclusão: competitividade e culpabilização. In: SAWAIA, Bader (org). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001. Segunda parte, p. 141-156.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÃSTICA. Brasília, 1936. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=314740. Acesso em: 28 Ago. 2015.

JODELET, D. Os processos psicossociais da exclusão. In: SAWAIA, Bader (org). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001. Segunda parte, p. 53-66.

MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARX, K. O capital: crítica da economia política. 15. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. 1 v.

MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

MOVIMENTO NACIONAL DOS CATADORES DE MATERIAL RECICLÃVEIS - MNCR. Disponível em: http://www.mncr.org.br/. Acesso em: 22 Mar. 2015

MINAYO, M D de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. O catador legal. Belo Horizonte, 2013. Disponível em: http://www.doeseulixo.org.br/ultimas-noticias/ministerio-publico-de-minas-gerais-lanca-cartilha-o-catador-e-legal/. Acesso em: 19 Set. 2015

ROHM, R.H.D; LOPES, N.F. O novo sentido do trabalho para o sujeito pós moderno: uma abordagem crítica. Cad. EBAPE.BR. Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 332-345, 2015. Disponível em: http://www.spell.org.br/documentos/ver/34702/o-novo-sentido-do-trabalho-para-o-sujeito-pos-m---. Acesso em: 13 Abr. 2015

SOUZA, R. O lixo e a conduta humana: a gestão dos insuportáveis na vida urbana. 2013. f. 243. Tese (Doutorado em Psicologia – área Psicologia e Sociedade) – UNESP. Universidade Estadual Paulista, Assis. Disponível em: http://www.michelfoucault.com.br/files/Ricardo%20Tese%20Lixo%20e%20conduta%20-%2029mai13.pdf. Acesso em: 19 Mar. 2015.

TEIXEIRA, K. M.D. Trabalho e perspectivas na percepção dos catadores de materiais recicláveis. Psicologia & Sociedade. Viçosa, v.27, n. 1, p.98-105, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v27n1/1807-0310-psoc-27-01-00098.pdf. Acesso em: 17 Mar. 2015.

Publicado
2016-03-28